O que podemos esperar nos próximos anos para o tratamento da obesidade?
Existem novas medicações em estudo? São mais eficazes?
Perguntas frequentes no consultório, diante da imensa dificuldade em combater a obesidade.
A obesidade é uma doença complexa, multifatorial e em muitos casos, de pouca resposta ao tratamento clínico (principalmente obesidade grau III, quando o IMC > 40). É comum o histórico de vários tratamentos prévios, alguns com boa resposta, porém com reganho de peso no decorrer do tempo (efeito sanfona).
A obesidade é uma doença crônica, que exige tratamento contínuo, assim como diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia (colesterol alto).
O tratamento farmacológico, quando bem indicado, e acompanhado por profissionais capacitados proporciona um maior conforto ao paciente, com menos efeitos colaterais e resultados satisfatórios.
Nos últimos anos, novas linhas de pesquisas em diversos países, têm estudado novas medicações, com mecanismos de ação diferentes, e que quando associadas de forma correta, proporcionam uma perda de peso mais sustentada.
Segue abaixo algumas dessas linhas de pesquisa com futuro promissor:
- Agonista dos receptores FXR - levam ao escurecimento do tecido gorduroso branco - com importante efeito termogênico e aumentando o gasto energético.
- Agonistas triplos GLP1 + Glucagon+ GIP - os estudos mostram reduções de 20-25% do peso inicial.
- Análogo do Glucagon
- Análogo Amilina
- Análogo do Peptideo YY
- CanaPhen - combinação de Canaglifozina + Fentermina - levou a perda de 7,5% peso com poucos efeitos colaterais.
- Semaglutide - análogo de GLP1 mais potente, talvez a medicação de melhor resultado, e que brevemente estará disponível.
- Topiramato + Fentermina (Qsymia)
- Bupropiona + Naltrexona (Contrave)
- Lisdexanfetamina (Venvanse) - disponível no Brasil para o tratamento de hiperatividade (TDHA), mas usada off-label (não constando a indicação para tratamento do transtorno do comer compulsivo, na bula brasileira).
- Sibutramina (Biomag, Síbus).
- Orlistate (LIpiblock, Orlipid).
- Liraglutida (Saxenda).
Em fase pré-clínica (estudo em animais)atualmente 92 moléculas estão em testes, sendo as mais promissoras:
Em Fase I: 18 moléculas em teste, sendo em sua maioria, atuantes em hormônios e neurotransmissores que regulam o peso:
Em Fase II: cerca de 12 moléculas:
Combinações em outros países, mas ainda não liberada pela Anvisa:
E no Brasil?
Atualmente possuímos 3 drogas aprovadas e sendo comercializadas no tratamento específico da obesidade:
Siga sempre uma - "regra de ouro" - Nunca utilize medicamentos para emagrecer sem indicação e acompanhamento de um endocrinologista.
Dr. Rodrigo Doré Brzezinski - CRM 21 551
Endocrinologia e Metabologia
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